domingo, 20 de novembro de 2016

Garotas Malvadas




Esse filme. Nem sei por onde começar de tanto que gosto. Mas a primeira coisa que eu devo dizer é que o título sessão da tarde não faz jus ao tanto que esse filme é bom. Primeiro porque tem a maravilhosa da Evan Rachel Wood de "Aos Treze", se você não conhece muito a atuação dela, vale a pena procurar alguns filmes porque ela sabe como ninguém ir de santinha à garota infernal em cinco segundos e, não muito importante, já namorou o Marilyn Manson (garota trevosaaa). Mas enfim, o filme! 
A protagonista é a Kimberly (aka Evan Rachel Wood, quem mais?), uma estudante de Beverly Hills que já começa o filme sabendo tudo de todo mundo, super precoce no nível de maldade. A sua melhor amiga é Brittany, que faz o tipo loira inocente e realmente é bem inocente se comparada com a Kimberly. A vidinha das duas ia muito pacata até dois acontecimentos na escola: Entra uma garota nova mulçumana na sala (Randa) e um massacre que um menino cometeu em uma escola começa afetar até o sistema da escola daquele rico bairro. 
Quanto a Randa, Kimberly a enxerga como seu projeto pessoal: ela quer apresentar tudo para Randa em primeira mão, como as pessoas são superficiais lá, os preconceitos que ela vai sofrer, os charutos que roubou do pai rabugento e até filmes pornô. Ao passo que nem Brittany percebe a maldade dos ensinamentos porque ela é realmente inocente também. Aliás, o que irrita a Kimberly é o fato de sua amiga loira estar com o seu ex namorado. 
Não dá pra saber bem se a Kim já era um caldeirão em ebulição ou se o menino psicopata dos massacres criou um impacto nela, acredito que sejam os dois. O fato é que Kimberly começa um plano de vingança contra todos a sua volta, inclusive contra um de seus professores. Ela o processa por assédio sexual num tempo em que qualquer escândalo ganha nível nacional e manipula as duas amigas para atingirem o professor o máximo possível sem perceberem que é um plano de vingança pessoal. E essa é a parte mais legal do filme: ver como a Kim é capaz de maquinar tantos detalhes sem dó nem piedade. Acho que esse é o ponto em que meninas malvadas e garotas malvadas se encontram, mas apesar de ambos serem sobre vingança, o segundo ainda tem muito o que ensinar ao primeiro!



segunda-feira, 3 de outubro de 2016

As três caras de Eva


   As três caras de Eva é um filme de 1957. Eu acabei comprando porque só pelo título o filme era bastante instigante e eu realmente não me arrependi. Tirando a trilha sonora orquestrada o tempo inteiro, bem que poderia ser um filme contemporâneo.
   Bem, mas vamos lá, antes de dar a minha opinião, vou falar sobre o que é o filme. Alguém adivinha?
   Se você disse intuitivamente "Transtorno de Personalidade" Uhuuul, você acertou. Ok, vou bolar algo menos óbvio da próxima vez! E a estória é na verdade história porque é sobre um acontecimento real com uma mulher da Geórgia nos EUA. Então, Eva é uma mãe de família, a nossa famosa Amélia que começa a apresentar um comportamento suspeito para o marido. O filme inicia com ela e o marido durante uma visita ao psiquiatra explicando a ocorrência das personalidades como que um "feitiço".  Ela fica super desconcertada porque não faz ideia do que está acontecendo (mas na época também ninguém fazia!). O filme decorre dessa intercalação de personalidades para se descobrir o que acontece de forma científica e como resolver - o que um mergulho no passado resolve.



Uma das personalidades de Eva é sofisticada, independente e gastadeira.


A outra é uma mulher bem despachada e sem inibiçōes

   Uma coisa muito legal do filme é a atuação da Joanne Woodward (que faz a Eva), ela inclusive ganhou um Oscar de melhor atriz. E foi mesmo. Lembra como as atrizes famosas do período geralmente interpretavam de forma bem caricata e com expressões gestuais que pareciam saídas do teatro (claro que não todas) ? A Joanne não é dessas!
   A personagem despachada dela é a mais divertida, tem um sotaquezinho meio "redneck" e rende as melhores cenas do filme. Acredite que apesar de eu assistir filmes preto e branco não é todo filme que tem aquele ritmo crescente que me prende entāo eu acredito que mesmo não sendo fã de preto e branco qualquer pessoa minimamente interessada no título consegue assistir tranquilamente.